Tiradentes foi
morto por fazer parte de um movimento que era contra a cobrança de
20% de imposto do total produzido; isso em 1792. Naquela época, a
coroa portuguesa criou inúmeros meios para aumentar sua receita. Um
destes meios ficou conhecido como “o quinto”, imposto que confiscava
a quinta parte de toda quantidade de ouro e diamante encontrada na
colônia. Passados mais de 220 anos, somos todos Tiradentes, fadados
à morte por estrangulamento de nossos direitos constituídos e
desprezados por nossos governantes que, ora administram aquilo que
geramos e depositamos mensalmente nos cofres públicos com a
esperança de que saúde, segurança, educação, transporte e tantos
outros direitos que temos fossem motivos de trabalho a favor de
todos e não de alguns oucos privilegiados. Nossa cidade é a segunda
maior receita do estado de Minas Gerais, e parece-nos que o grande
desafio de nossos governantes tem sido “gastar os nossos recursos”,
digo gastar no sentido contrário de investimento. A receita da
Câmara Municipal de Betim está próxima de 50 milhões de reais, sendo
maior que a arrecadação de mais
de 600 municípios do estado e, em
alguns casos, com população maior do que a de nossa cidade, e, ainda
assim, consegue gastar todo este dinheiro, gerando despesas que
possivelmente poderiam ser evitadas.
Estamos
próximos dos 400 mil habitantes, onde 10% dessa população
contratada, de forma direta ou indireta, consome, em salários e
benefícios, algo em torno de 70% do que geramos, sobrando, assim,
30% para os outros 360 mil habitantes. Não deveria ser o contrário?
Assim, o setor produtivo, seja comércio,
indústria e serviços, através de seus representantes, sindicatos e
associações, busca constantemente, no setor privado, parcerias que
possam amenizar, por exemplo, os cuidados com a saúde de seus
trabalhadores, o que, de certa forma, torna-se mais um imposto
direto que não deveríamos estar pagando, pois SAÚDE É DIREITO DE
TODOS.
E foi por esta busca que os sindicatos
convencionaram a criação do INASEC, Instituto de Assistência Social
e Econômica dos Comerciantes e Comerciários de Betim e Região,
lançando o Cartão do comerciário, que tem por objetivo principal o
fomento do comércio, bem como o amparo à saúde do trabalhador, seja
comerciante ou comerciário, oferecendo produtos e serviços com
valores bem abaixo do mercado.
Foram mais de 2
anos de discussões e buscas por parceiros que, entendendo o projeto,
abraçaram a causa e se dispuseram a contribuir. Meu agradecimento ao
sindicato dos empregados, especialmente à sua presidenta, Celma, e
sua diretoria; aos parceiros, Dario, CLINICA CUIDAR – Ubirajara -
Good Life, Marilene – SESMETRA, Medicina do Trabalho – e demais
diretores do Sindbetim que, juntamente comigo, se dispuseram de seu
tempo para que o CARTÃO DO COMERCIÁRIO se tornasse realidade.
Abs. E bons negócios a todos!
Helvécio Siqueira Braga
Presidente