Preço de combustível em alta reduz apego por
automóvel.
Medidas alternativas passam a ser
tomados por motoristas em busca de economia.
A economia não vai bem e um dos sintomas que
ilustra essa situação é o alto preço do combustível no Brasil,
sobretudo, em Betim, cidade da Região Metropolitana de Belo
Horizonte, que abriga a Refinaria Gabriel Passos (Regap). Mesmo com
produção em casa, os postos do município registram valores que
variam entre R$ 3,19 e R$ 3,29 para a gasolina comum. Com esses
índices a ideia que se tem é que Betim não colhe os frutos, mas paga
por produzir e exportar para outras regiões.
Em decorrência dessa situação, muitos motoristas têm deixado o
conforto do automóvel estacionado na garagem e novos hábitos, como o
deslocamento por meio de transporte público e até bicicleta,
passaram a fazer parte do cotidiano. Se o cidadão comum está agindo
assim, imagina aqueles que dependem do combustível para o trabalho?
Greve. É a medida que tem sido registrada até então para reivindicar
o preço da gasolina e óleo diesel. Trechos como Betim/Juatuba,
sentido São Paulo, e que envolva também a região Centro-Oeste e Sul
de Minas são os que mais englobam as manifestações.
Outro fator que deve ser discutido e colocado em pauta é o aumento
que os postos têm registrado, além do que as refinarias registram.
Ainda na Região Metropolitana, estabelecimentos já chegaram a
acrescer até R$ 0,22 antes mesmo do aumento dos tributos ser
oficializado. O valor de acréscimo mais alto anotado foi de R$ 0,40,
em Belo Horizonte, que correspondeu a quase 80% do preço cobrado nas
distribuidoras.
A mudança de rotina, como já mencionado, e o hábito de pesquisa é a
saída encontrada e sugerida por economistas. Atualmente, sair do
destino mais cedo e, às vezes, até cruzar a cidade em busca de um
posto “mais em conta” pode salvar o orçamento mensal e dar condição
para o cidadão investir o dinheiro em outros departamentos ou em
manutenção do próprio carro.