Comércio autônomo
Técnicas de venda adaptadas
a uma rotina organizada de acordo com as necessidades da revendedora
Maura de Sousa.
Se o exercício da venda é uma
arte, imagina o da revenda? Mais do que vender, é convencer. É criar
uma identidade e não ter hora para o trabalho, mesmo que o horário
possa ser flexível. Essa é a realidade de Maura Aparecida Pinto de
Sousa (51), que há três anos adotou este estilo de vida e profissão.
Tudo começou por influência de uma irmã e sobrinha, ambas
revendedoras de semijoias. A vontade de Maura, que é dona de casa,
de ter o próprio faturamento também foi primordial para a decisão.
Além do dinheiro, o que mais despertou o interesse de Sousa foi a
praticidade e o fato de que ela poderia organizar a sua própria
rotina de trabalho. “Como sou dona de casa, descobri que como
revendedora eu poderia continuar trabalhando em casa e ter uma
renda. Foi com esse pensamento que eu comecei a vender”, conta.
Assim como a irmã e sobrinha, as semijoias foram os primeiros
produtos que comercializou. Com o passar do tempo e a partir de
pedidos da própria clientela, passou a vender também lingerie e
cosméticos.
Por falar em cliente, como em qualquer negócio, ainda mais quando o assunto é comércio, ele é a peça principal. Maura relata que é preciso saber conversar e ter disposição para sair e mostrar as novidades. “Não pode existir preguiça ou ficar sem graça, pois se isso acontece, as possíveis clientes ficam por fora do que estamos vendendo”, explica. Para ajudar na propaganda, ela costuma visitar lojas e pessoas já conhecidas.
Essas e outras artimanhas sobre o universo da venda Sousa absorveu quando trabalhou em comércio físico, na época um supermercado e, também em feiras ao ar livre, onde mantinha uma barraca de bijuterias e brinquedos. De acordo com a revendedora, hoje ela está mais tranquila e realizada com o que faz, além de ter a comodidade que o emprego fixo não oferece.
Mesmo com tantos benefícios listados por Maura, ela expõe um aspecto que pode gerar dificuldade ao profissional: os pagamentos. “Infelizmente nos deparamos com pessoas que nem sempre cumprem com o que foi acordado no ato da compra. Quando isso acontece, para não perdermos o fornecedor, quitamos com recurso próprio”, admite.Ainda segundo revendedora, para evitar essa situação o melhor é buscar conhecimento sobre o novo cliente ou, em último caso, deixar passar a oportunidade de venda.
Como um revendedor deve se portar segundo Maura de Sousa (Sugiro fazer um box)
Abordar com calma e bons argumentos;
Conhecer, de fato, o produto que se vende;
Trabalhar com preços acessíveis e compatíveis com o mercado;
Ter atenção com os prazos;
Ter noção do que é para o consumo e do que é para venda